quarta-feira, 5 de maio de 2010
O Templo do Invisivél
Por vezes me visita o estranho pensamento
de que me deparo com inúmeras versões de ti...
Algumas que muito me agradam
devido à sintonia interior que se instala.
Outras versões são me tão estranhas
que apenas o teu corpo me faz acreditar
que se trata da mesma pessoa.
Abri a porta da resposta
de tamanha dúvida que me consome
e lá encontrei o motivo que até mesmo neste momento
me deixa sem palavras.
Agora percebo que alguns sonhos e desejos
quando não alinhados com o propósito da vinda
são consumidores de longa duração,
sem lugar, sem espaço para cá existir.
E apenas a luz da verdade traz um pouco de serenidade.
Mil vezes a verdade, mil vezes a verdade!
E se esta era tudo menos aquilo que se esperava,
ainda assim mil vezes a verdade,
pois com esta eu consigo lidar.
O templo do meu coração
em tempos foi uma porta aberta para ti,
e algures por entre turbulências de limpeza kármica
as portas se fecharam...
Porquê, hoje me pergunto porquê?!
Sejam caminhos que se cruzam por momentos
ou caminhos que se estendem pelo futuro,
haverá sempre lugar no meu templo
para pelo menos um momento diário
onde o carinho por ti se expressa.
Já fui personagem de tamanhas atrocidades,
já fui personagem de mágicas criações universais
e agora que me encontro algures pelo meio
pergunto se ainda te lembras da nossa natureza divina.
E por entre mundos de amnésia
quando olho nos teus olhos
por momentos consigo ver
a bonita luz de tua alma.
Ricardo Amaral