Se imaginar-mos um nevoeiro ou energia que se prolonga infinitamente pelo continuo do espaço-tempo á medida que evolui, talvez essa mesma energia se transforme várias vezes como se fosse uma dança de metamorfoses.
Se fosse possivel, de algum modo, neutralizar as leis da física para uma viagem ao meu passado, talvez ao me reencontrar a sensação fosse pouco diferente da de encontrar um estranho. E se essa viagem fosse feita em direcção ao futuro será que me reconheceria?
Talvez o meu campo mórfico possua demasiadas formas em que homem, mulher, animal e o irreconhecível sejam energias que se moldam de acordo com as experiências pretendidas.
E embora a ilusão de tempo e espaço me impossibilite de as sentir como se fosse eu mesmo, a verdade é que todas elas influênciam a minha experiência presente, porque ainda que este processo ocorra em grande parte de modo inconsciente, a verdade é que numa derradeira perspectiva tudo está interligado e apenas existe um ser com a ilusória experiência de haver vários...
By: Ricardo Amaral